São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995 |
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Toda mulher merece elogio no Tatuapé
PATRICIA DECIA
Qualquer mulher, não importa a roupa, o rosto ou o tipo físico, merece um elogio. O objetivo da noite é, sem dúvida, acabar num ``tchulirou", uma transa. Embalados por batida de frutas e cerveja, eles se aglomeram no cruzamento das ruas Tijuco Preto e Isidro Tinoco. Endereço do bar Pilequinho, que existe há 20 anos e já passou por uma série de reformas. Sua nova cara inclui um telão, que exibe jogos de futebol e MTV. O bar foi um dos responsáveis pela transferência do agito que ocorria na praça Sílvio Romero, que fica a uma quadra do local. Por causa do Pilequinho, a batida é a terceira bebida na preferência dos frequentadores do Tatuapé (39%). A casa tem 120 combinações de frutas e vende, em média, 3.000 doses por noite. Com o movimento, surgiram outros bares. Hoje, os lugares para comprar cerveja somam 11. Eles não são confortáveis: não têm lugar para sentar, ar-condicionado ou música ambiente. As pessoas ficam em pé, encostadas nos muros, motos e carros. Um pouco mais distante da praça, outro bar, a Chopperia Paulista, pretende dar um ar de Jardins à zona leste. A casa cobra R$ 10 de consumação mínima e proíbe a entrada de pessoas usando boné, camisa de time de futebol e chinelo. ``Fizemos isso para evitar que o público do Pilequinho venha aqui. Não queremos que a choperia vire sambão", diz um dos proprietários da casa, Sérgio José Cardoso. Texto Anterior: Mulheres se rendem ao sacrifício Próximo Texto: A CAÇA Índice |
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