São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Negócios da China chegam a São Paulo
NELSON BLECHER
Trata-se do reduto do principal rival da indústria nacional de brinquedos. O empresário Mario Adler estima que de importações correspondentes a US$ 89 milhões em 1994, 90% foram trazidos da China. Via Hong Kong, numa rubrica batizada curiosamente de re-exportação da China, chegaram US$ 42 milhões em brinquedos e artigos esportivos, até novembro de 1994, de acordo com estatísticas do Hong Kong Trade Development Council. Sucede que a maioria das mil fábricas de brinquedos e jogos de Hong Kong transferiu suas linhas de produção além da fronteira com a China, em razão da irresistível vantagem comparativa no custo de mão-de-obra. O custo por hora de um operário chinês (US$ 0,32) é significativamente inferior ao do colega de Hong Kong (US$ 3,10), de acordo com pesquisa da consultoria Coopers & Lybrand. Resultado da aliança entre China e Hong Kong: uma invasão asiática de brinquedos -as exportações são superiores a US$ 5 bilhões anuais-, impulsionada por preços até cinco vezes inferiores aos dos concorrentes internacionais. O mercado norte-americano absorve a metade das exportações chinesas via Hong Kong, o que já valeu protestos de sindicatos de trabalhadores nas indústrias de brinquedos. Manifestação semelhante ocorreu em São Paulo, por ocasião da feira de brinquedos promovida pela Abrinq, no mês passado. Segundo a entidade, das 754 empresas do setor, 438 foram fechadas nos últimos cinco anos. A inauguração do escritório é justificada por cifras ascendentes. As exportações de brinquedos da China cresceram 125% em 1994 em relação ao ano anterior. A de malas e acessórios de viagem ainda mais, 380%. (Nelson Blecher) Texto Anterior: O capital externo no mercado imobiliário Próximo Texto: Depósito judicial deve entrar na declaração Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |