São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
No palco Donna Summer ainda é a mesma
GUTO BARRA
A tarefa não é fácil. Aos 47 anos, Donna está mais gorda, mais preocupada com a família e com a religião do que com as pistas de dança e passou quase uma década sem emplacar um sucesso. Para completar, nos últimos anos, a cantora ganhou fama de chata -tem falado que ``cansou" de sair à noite- e se envolveu em um escândalo por ter supostamente falado mal da comunidade gay -seu público mais fiel. Quando está no palco, no entanto, não há do que reclamar. Donna mostra que para cantar não tem preguiça. À primeira nota de ``Dimm All The Lights" -hit de 79, que abre o show- não há quem se lembre da fase decadente ou da chatice da cantora. A potência de sua voz continua impressionando, principalmente nas versões que reproduzem fielmente os arranjos originais. Mas a diversão está garantida também pela concepção cênica do show. Tudo é muito exagerado, como era de se esperar da cantora que mais inspirou as drag-queens do mundo todo. A turnê atual é mais produzida do que há três anos, quando ela esteve no Brasil. Há várias trocas de roupas e de perucas, fundo com luzes coloridas, fumaça e interpretação canastrona das letras. Em um certo momento, Donna canta ``Don't Cry For Me Argentina" -já um clássico de seu repertório pós-disco- de cima de um balcão branco, com uma peruca tipo Whitney Houston. Mas há também momentos chatos, como na balada ``Anyway At All" -de seu último disco, ``Endless Summer"-, em que ela faz clima religioso vestindo uma capa Dick Tracy marrom. Show: Donna Summer Quando: hoje às 22h Onde: Olympia, r. Clélia, 1.517, Lapa, tel. 252-6255 Quanto: de R$ 30 a R$ 50 Texto Anterior: Dono foi distribuidor de filmes Próximo Texto: Irmã impressiona no show Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |