São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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PT consegue obstruir votação em comissão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A votação da emenda constitucional que permite a quebra do monopólio dos Estados sobre a distribuição de gás canalizado, que estava marcada para ontem na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), no Senado, foi adiada para a próxima reunião da comissão, na quarta.
O senador Lauro Campos (PT-DF) apresentou um pedido de vistas -prazo solicitado pelo parlamentar para estudar melhor o assunto antes de votá-lo.
O PT se prepara para usar todos os artifícios possíveis para retardar a votação da emenda. O partido pedirá votação de destaque na CCJ (votação separada de termos do projeto) e tentará reapresentar sua emenda (na prática, uma emenda à emenda) durante a votação em plenário.
Lauro Campos pediu cinco dias para vistas (prazo previsto no regimento). O presidente da comissão, Íris Rezende (PMDB-GO), concedeu 48 horas.
Concedidas as 48 horas, a discussão sobre o teor da emenda constitucional deu lugar a debates sobre prazos para vistas e sobre aplicação do regimento interno.
Descontente com a posição do presidente da comissão, Requião decidiu rebater e apresentou um requerimento que, se aprovado, ameaça despejar sobre o plenário do Senado mais de cem projetos de uma só vez.
O requerimento do senador pede que todos os projetos com prazo vencido na CCJ sejam remetidos imediatamente ao plenário.
``Ele vai ter que aplicar o regimento interno para tudo", disse Requião, referindo-se ao presidente da CCJ. ``Vetar o prazo de cinco dias é subserviência", disse Requião.

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