São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
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Giannotti substitui Francisco de Oliveira na presidência do Cebrap
FERNANDO DE BARROS E SILVA
Giannotti deve ocupar o cargo por dois anos, de hoje até 31 de maio de 1997. Ele substitui o economista Francisco de Oliveira, professor titular do Departamento de Sociologia da USP, que exerceu a presidência no último biênio. O cargo que Giannotti assume pela segunda vez (ele presidiu o Cebrap entre 1984 e 1990) já foi ocupado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (1980-1983). A eleição de Giannotti, como é praxe no centro, foi feita por unanimidade. Seu nome foi indicado pelos pesquisadores mais assíduos do centro e confirmado ontem em assembléia extraordinária. Amigo pessoal de FHC, com quem ajudou a fundar o Cebrap em 1969, Giannotti terá como desafio preservar a independência política e intelectual do centro no momento em que sua cria mais ilustre chega ao topo da República. Se FHC chegou ao poder, o Cebrap não pode ir junto. Esta é a máxima, difícil de se cumprir, em torno da qual Giannotti afirma que vai orientar seu trabalho. ``O desafio é manter a independência do centro, preservá-lo como órgão autônomo do governo sem que, com isso, o Cebrap deixe de ser um local privilegiado de reflexão dos problemas brasileiros", diz Giannotti. Chico de Oliveira, que deixou o cargo, vê a gestão que se inicia como uma incógnita: ``A eleição do Fernando Henrique acabou com a era da inocência no Cebrap", diz. O Cebrap tem hoje entre 30 e 35 pesquisadores permanentes. Todos desenvolvem projetos de pesquisa nas áreas de humanas, da antropologia à economia, passando pela filosofia, história e sociologia. A receita do centro para este ano é de cerca de US$ 700 mil, obtidos junto a institutos de incentivo à pesquisa e convênios internacionais. O Cebrap publica a revista ``Novos Estudos". Texto Anterior: 'Lua-de-mel' de Itamar deve durar seis dias em mansão com goteiras Próximo Texto: TCU investiga pagamentos da Aeronáutica Índice |
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