São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
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Vigia atira em dono de bar e mata freguês
DA REPORTAGEM LOCAL Homem é baleado durante discussão em barUma discussão entre o dono de um bar e três seguranças que não queriam pagar a conta terminou na morte do analista de orçamentos do Incor (Instituto do Coração) Gilberto de Souza, 45. O analista de orçamentos havia saído de casa para comprar um refrigerante no Bar e Lanches Marizinha, na alameda Olga, na Barra Funda (zona oeste de São Paulo). Os seguranças José Francisco Rodrigues Filho, 39, Sebastião Lisboa da Silva, 26, e José Israel Soares dos Santos, 26, estavam bebendo cerveja no bar e teriam decidido sair sem pagar a conta. O comerciante Giuseppe Pierri, 42, tentou impedir a saída do grupo. Rodrigues Filho teria sacado um revólver e atirado em direção ao comerciante. A bala acertou o pescoço do analista de orçamento. Os outros segurança também teriam atirado em direção ao bar. Em seguida, os três caminharam cerca de 50 metros e teriam rendido um grupo de oito jovens que conversavam na rua. Mandaram que se deitassem e atiraram no estudante Eronildes de Souza, 17. Por último, Rodrigues Filho teria abordado o comerciante Henrique Perez Filho, 56. Perez Filho estava entrando na garagem de casa quando o segurança teria mandado que ele saísse do veículo e deitasse no chão. Segundo o comerciante, Rodrigues Filho afirmou que era um assalto e disparou um tiro que entrou na sala de sua casa. Em seguida, o segurança e os outros dois seguranças entraram em uma empresa. O vigia Santos teria disparado vários tiros pelo portão da empresa. A Polícia Militar foi chamada e cercou o prédio. Os três vigias se renderam e foram levados para o 23º DP (Perdizes). Eles não quiseram prestar depoimento. O estudante Eronildes de Souza foi levado para a Santa Casa, onde ficou internado em observação. O analista de orçamentos morreu quando era atendido no pronto-socorro da Barra Funda. Gilberto de Souza era casado com a administradora hospitalar do Incor Maria Madalena de Barros Souza e tinha dois filhos. Ele foi enterrado ontem à tarde no cemitério Chora Menino. Os seguranças foram presos em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio, assassinato, tentativa de roubo e ameaça. Cinco armas foram apreendidas com os acusados. Eles não deram entrevistas e não prestaram depoimento. Texto Anterior: Os salários das professoras no Maranhão Próximo Texto: Grupo assalta seis andares de prédio Índice |
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