São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Malan descarta novas restrições

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse ontem que não existem motivos para novas restrições ao crédito, como o aumento das taxas de juros e do recolhimento do depósito compulsório que os bancos devem fazer ao Banco Central (BC).
Até a implantação do real, em julho de 1994, o compulsório sobre depósitos à vista era de 48%. Hoje, o compulsório é de 90%. Isto significa que, de cada R$ 1,00 que os bancos recolhem, R$ 0,90 devem ser recolhido ao BC.
O aumento dos depósitos compulsórios tem o objetivo de diminuir a capacidade de fornecimento de crédito por parte dos bancos.
Ontem, Malan tomou café da manhã com a bancada do PPR no Congresso. Os parlamentares reclamaram das altas taxas de juros e das restrições ao crédito.
Malan não informou quando as taxas de juros poderão baixar. Ele condicionou a redução dos depósitos compulsórios ao desempenho positivo da balança comercial (exportações menos importações), a aceleração do processo de reforma da Constituição, às privatizações e ao equilíbrio das contas públicas.
Para Malan, a redução dos depósitos compulsórios dependerá também da ``velocidade" para percepção de situações de superaquecimento da economia.
Malan disse que o setor produtivo terá que passar por um ajuste estrutural para se adequar às mudanças de uma economia estável.
Os empresários, segundo Malan, devem se adaptar a uma inflação baixa. Ele não condicionou a redução dos depósitos compulsórios e a baixa dos juros a aprovação das reformas na Constituição.

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