São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
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Comissão da Câmara protesta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Comissão de Economia da Câmara decidiu protestar contra a política econômica do governo e está, desde ontem, em reunião permanente.O protesto foi aprovado por unanimidade na Comissão, com os votos da oposição e dos partidos que integram a base parlamentar de apoio ao governo. ``É claro que queremos uma economia estabilizada, mas a dosagem está muito forte e estamos perplexos", afirmou o presidente da comissão, deputado Pauderney Avelino (PPR-AM). ``A política econômica precisa ser alterada", completou. As altas taxas de juros são o principal alvo de críticas dos parlamentares. Eles também alegam que as indústrias nacionais não têm como competir com os produtos importados e enfrentam dificuldades no mercado externo. A Comissão de Economia identificou cinco setores mais atingidos pela política econômica do governo e que estariam ``à beira da bancarrota": as indústrias têxtil e de brinquedos e as que produzem calçados, móveis e vinhos. ``Está começando um processo violento de desemprego no país", alega o deputado Luiz Mainardi (PT-RS), que propôs o protesto da comissão. ``A indústria nacional está em vias de ser extinta", disse. O comércio de Brasília fez locaute ontem, em protesto contra a política anticonsumo do governo e simultâneo à reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) em que foi examinado o afrouxamento das restrições ao crédito. A Associação Comercial do DF orientou os lojistas a fecharem suas portas das 15h às 18h. Texto Anterior: Governo decide afrouxar restrições sobre o crédito Próximo Texto: Malan descarta novas restrições Índice |
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