São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ativista que atacou retrato de Mao em 1989 pede para ser libertado
JAIME SPITZCOVSKY
O principal signatário é Yu Zhijian. Nos protestos pró-democracia de 1989, ele jogou tinta no retrato do dirigente comunista Mao Tse-tung que decora a praça Tiananmen (praça da Paz Celestial), no centro de Pequim. A carta representa o quarto importante manifesto pró-democracia enviado ao governo e ao Parlamento em maio. As reivindicações ganham força com a aproximação do sexto aniversário do massacre da praça Tiananmen. No dia 4 de junho de 1989, tropas do governo atacaram militantes pró-democracia que acampavam na praça. O número estimado de mortos varia de 200 a 1.000. Em seus manifestos, os ativistas pedem libertação de prisioneiros políticos (existem na China pelo menos 1.700), democratização e que os ativistas de 1989 não sejam mais considerados ``contra-revolucionários". A carta de ontem pede também o fim da tortura. O governo responde com mais repressão. O medo de manifestações em 4 de junho levou a polícia, nas últimas duas semanas, a deter pelo menos 45 dissidentes, dos quais 25 continuam presos. Acusado de ``destruidor contra-revolucionário", Yu Zhijian foi condenado à prisão perpétua. Na carta de ontem, ele afirma que danificou o retrato de Mao para mostrar que o líder da revolução comunista de 1949 que governou até 1976 ``não era um santo". Texto Anterior: Chile promete prender general Próximo Texto: Rússia não reconstruirá cidade do terremoto Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |