São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995 |
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Crescem mortes viloentas de menores no Rio
SERGIO TORRES
Esses assassinatos integram a estatística que indica a morte violenta de 369 crianças e adolescentes no primeiro trimestre do ano em todo o Estado. Morte violenta inclui atropelamento e outros acidentes. Este número de mortes violentas é superior aos registros do IML nos seis primeiros meses do ano passado. O IML informou à 2ª Vara que, de 1º de janeiro a 30 de junho de 1994, morreram no Estado de mo do violento 342 crianças e adolescentes até 17 anos. O fato assustou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Nilmário Miranda (PT-MG), que esteve ontem no Rio. Para Miranda, pode estar ocorrendo no Rio uma espécie de ``limpeza social" praticada ``por exterminadores vinculados a grupos parapoliciais". Procurado pela Folha, até as 17h30 o secretário Estadual de Segurança Pública, Nilton Cerqueira, não deu retorno para falar sobre o assunto. Segundo a estatística, 189 dos 271 assassinatos foram praticados com armas de fogo. Agressões resultaram na morte de 78 vítimas. Quatro menores foram mortos por objetos como facas, punhais, estoques (espécie de espada) e canivetes. Por causa de dados incompletos, o número de homicídios pode ser até superior. Em nove vezes, o IML não concluiu nada, por causa do apodrecimento dos cadáveres. Em 23 outros casos, o diagnóstico necessitava de exames complementares não-realizados. O levantamento sobre mortes violentas não se restringe a assassinatos. Nele constam registros de menores mortos por afogamento (22 casos), acidentes de trânsito (16) e soterramento (um). Os números revelam que as mortes violentas atingem mais menores homens que mulheres (80,76% são do sexo masculino, contra 19,24% do feminino). A faixa etária em que mais morrem crianças e adolescentes vai dos 15 aos 17 anos (54,40%). Texto Anterior: Animais de laboratório Próximo Texto: PF faz ação em quatro aeroportos Índice |
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