São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Ex-quilombos são mais de 500

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

Mais de 500 áreas pertencentes a remanescentes de quilombos já foram identificadas no país. Se provarem que são descendentes de escravos fugitivos, seus habitantes terão direito às terras que ocupam, como prevê a Constituição.
Só no Maranhão existiriam 400 povoados ocupados por remanescentes. A comunidade de Frechal, em Mirinzal, já foi transformada em reserva extrativista, prevendo a permanência dos remanescentes.
No Vale do Ribeira, em São Paulo, haveria 17 antigos quilombos. Um deles, em Eldorado, já entrou com ação na Justiça Federal pedindo a posse das terras.
Na Bahia, a mais importante comunidade negra é a do Rio das Antas, em Bom Jesus da Lapa. Em 93, a Procuradoria Geral da República pediu a titulação das terras.
Em Porto da Folha (SE), os moradores de Mocambo reivindicam as terras. Nos municípios de Cavalcante e de Monte Alegre, em Goiás, cerca de 5.000 calungos -negros da região- reivindicam a posse de suas comunidades.
Em Pernambuco, duas comunidades se consideram remanescentes. Castanhinha, próxima a Garanhuns, teria sido formada por fugitivos de Palmares, onde viveu Zumbi. E Conceição das Crioulas, famosa por ter sido ocupada só por mulheres.
(AB)

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