São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Moradores combatem pesca

ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TEFÉ

Quando um barco pesqueiro é localizado dentro da Estação Ecológica Mamirauá, os moradores das comunidades partem em suas canoas atrás do invasor e o obrigam a sair da reserva.
``A participação da comunidade fez de Mamirauá a única reserva no Amazonas que saiu do papel", diz Márcio Ayres.
Na cidade de Tefé, próxima à reserva, há apenas quatro fiscais do Ibama. Eles são responsáveis pela vigilância de toda a caça e pesca da área.
A infra-estrutura do projeto, com sete casas flutuantes e 20 barcos, está à disposição do Ibama. Nas casas flutuantes há um vigia permanente. Quando vê um invasor, ele aciona o Ibama pelo rádio.
Os fiscais do Ibama vão então até a reserva para prender o invasor. Para isso, usam os barcos do projeto Mamirauá.
Em caso de crime contra a fauna, como a caça de jacarés e de peixes-boi, o agressor fica preso, pois trata-se de crime inanfiançável.
Mas alguns pescadores conseguem entrar na reserva com a conivência dos moradores, principalmente na época da cheia dos rios.

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