São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Modelo adotado é inédito no país

ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TEFÉ<UN>

O biólogo Ângelo de Lima Francisco, chefe de Unidades de Preservação do Ibama, disse que o projeto Mamirauá é importante para saber se as áreas de preservação funcionam com a presença da população na área. Segundo ele, pesquisadores alemães e japoneses defendem este modelo, que ainda não havia sido adotado no Brasil.
Outra corrente internacional segue o modelo norte-americano, que pressupõe as áreas de preservação intocadas, sem a presença do homem. A legislação brasileira baseia-se nesta concepção.
Para Francisco, a idéia funciona enquanto a população vive de culturas de subsistência, sem explorar economicamente a região.
O projeto tem repercussão internacional. A BBC inglesa e as televisões japonesa e venezuelana já fizeram documentários. Ayres recebeu a medalha de ouro da ONG inglesa WWF (Fundo para a Vida Selvagem) por seu trabalho em 1992, entregue pelo príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth.
Ayres afirma que já foram gastos mais de US$ 3,8 milhões com o projeto. A maior parte veio do exterior. Foram doados US$ 2,4 milhões pelo governo britânico, US$ 80 mil pela União Européia, US$ 750 mil pela WWF e US$ 500 mil pela ONG WCS (Sociedade de Conservação da Vida Selvagem). O governo brasileiro contribui com aluguéis, contas de água e luz e bolsas de pesquisa.
As verbas do projeto Mamirauá são destinadas principalmente a estudos científicos, como monitoramento dos botos e peixes-boi.
O desenvolvimento do projeto prevê benfeitorias para as mais de 30 comunidades da área. Em Vila Alencar, o projeto-piloto, foram construídos escola, posto de saúde e poço artesiano.

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