São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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'Gosto de ser xingada na cama'

DA REPORTAGEM LOCAL

Sempre que têm de dar um exemplo de boa conduta e retidão as amigas da advogada Ruth A., 32, citam seu nome.
Discreta no vestir, pontual e honestíssima, Ruth segue à risca seus princípios até esbarrar nos lençóis.
``Me excito quando me chamam de piranha, vaca e outras coisas que normalmente consideraria pejorativas quando estou transando."
Ruth conta ter descoberto sua `faceta fatal', em uma das brigas com seu ex-marido. ``No meio da discussão, ele me xingou de puta e em vez de me ofender acabou me agradando", afirma.
Diretora de marketing de uma grande multinacional em São Paulo, Roseli S., 40, também diz gostar de ouvir ``baixarias" na hora h.
``Me realizo quando meu namorado sussurra em meu ouvido que sou sua puta favorita, com quem ele gastaria toda a fortuna que conseguisse", diz.
Segundo o terapeuta de casais Roberto de Andrade, 31, é comum mulheres se excitarem ao serem xingadas na cama.
``Geralmente as consideradas certinhas são as que gostam mais", afirma. ``É uma das formas que elas encontram de extravasar o lado menos pudico que têm de esconder."
A estudante de economia Juliana Pinheiro, 23, concorda com o terapeuta. ``Sou a mais correta da turma em assuntos profissionais, mas quando estou transando acho bom ouvir que sou uma galinha, uma vaca, uma piranha."

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