São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Filas chegam a oito horas

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A reportagem da Folha visitou hospitais municipais na semana passada. Na maternidade do hospital de Ermelino Matarazzo (zona leste), dos 27 leitos existentes, só 16 estavam ocupados.
Os funcionários dizem que, por falta de médicos, os leitos nem são abertos. O hospital, projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, tem um teto de vidro que garante iluminação natural nos corredores. Os equipamentos são novos e os quartos, bem conservados.
No hospital do Jabaquara (zona sul), a UTI tem uma enfermaria pronta para atender 14 pacientes. Mas está desativada por falta de auxiliares de enfermagem.
O Jabaquara é especializado em atendimentos de acidentados. Em seus corredores, na quinta-feira passada, enfileiravam-se macas com pacientes.
Nesse mesmo dia, o pronto-socorro do hospital do Mandaqui (zona sul) tinha uma fila de espera de 50 metros. Alguns pacientes, deitados em macas no corredor, esperavam oito horas para serem atendidos.
A equipe do pronto-socorro do hospital do Tatuapé (zona leste) também não era suficiente para atender os 75 pacientes, que superlotavam o hospital.
Segundo o médico Henrique Carlos Gonçalvez, funcionário do hospital há 18 anos, ``faltam recursos humanos e remédios vitais para os pacientes". (LHA)

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