São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Venda ilegal de animais silvestres movimenta US$ 10 bi no mundo
VICTOR AGOSTINHO
Estas e outras informações vão ser divulgadas amanhã, Dia Mundial do Meio Ambiente, pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza, um apêndice da Organização das Nações Unidas). O dossiê foi produzido no Brasil pelo consultor da entidade Flávio Montiel da Rocha, também diretor do Instituto de Ecologia e Meio Ambiente do Distrito Federal. A WWF identificou a pobreza social e a falta de alternativas econômicas como os principais estimuladores do tráfico. Já os principais consumidores de fauna silvestre são os criadores individuais domésticos, que, por razões culturais, cultivam o hábito de ter mascotes. Outros consumidores importantes, de acordo com o dossiê, são os grandes criadores particulares e os proprietários de criadouros científicos, comerciais e conservacionistas, que buscam animais raros para suas coleções. Mas o fator preponderante para a existência do tráfico, sempre segundo a WWF, é a falta de integração entre os diversos órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização e proteção da fauna e flora silvestres. A WWF afirma que a ação desses órgãos é frágil e inoperante. O diretor de Ecossistema do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Alison José Coutinho, reconhece que ``o tráfico existe e é grande", mas não sabe estimar sua dimensão. ``Não é fácil fiscalizar o país inteiro com mais ou menos mil fiscais. Se fossem 10 mil, ainda seriam insuficientes", afirmou. O diretor acredita que o fundamental é um investimento em educação ambiental. Coutinho não soube dizer quais são os programas criados nesse sentido e nem quanto vai ser investido nesses programas de educação ambiental. Texto Anterior: Traficante vira informante de ambientalista Próximo Texto: Corrente do salmo 38 é nova mania em SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |