São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995 |
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Situação é pior na periferia
FERNANDO ROSSETTI
Historicamente, São Paulo tem uma das melhores redes públicas do país -a Escola de Segundo Grau Derville Allegretti, por exemplo, é uma das mais concorridas da cidade. Mas na periferia a imagem é outra. A rua de trás da Escola Municipal de Primeiro Grau Alberto Santos Dumont -no extremo norte de São Paulo- virou um depósito de lixo. ``Depois que asfaltaram a rua ficou ainda pior", diz João Borges, 41, pai de aluno. O colégio -dentro e fora- cheira a esgoto. Também faltam professores: ``Não tive aulas de português em fevereiro, março e abril", reclama um estudante de 5ª série. Os problemas são semelhantes no extremo sul da cidade. A Escola Municipal de Primeiro Grau Isabel Vieira Ferreira também tem lixo entrando muro a dentro. ``Além da falta de professores estamos com um problema sério de violência. A guarda civil precisaria proteger a escola", diz o presidente do conselho de pais, José Ribeiro, 37. A qualidade da merenda, segundo os alunos, tem variado muito. ``Agora está melhor, tem macarrão com carne moída", diz uma aluna. ``Mas há meses em que só vem Todinho e bolacha." (FR) Texto Anterior: Repetência cresce e matrículas diminuem Próximo Texto: `Pagamos bons salários' Índice |
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