São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995 |
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Operações com ouro disparam na BM&F
DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO" O volume de contratos de ouro negociados no mercado à vista da BM&F disparou desde a semana passada. Da média de 850 contratos por dia (cerca de 200 quilos) pulou para as proximidades de 4.000 contratos, ou uma tonelada.O motivo é o aumento das operações de captação de recursos entre empresas (chamadas de mútuo). Esta é uma fórmula mais barata que o giro pré porque é isenta de compulsório. A demanda cresceu muito depois da circular 2.562, no final de abril. Estas operações tiraram o mercado de ouro do marasmo em que estava mergulhado há meses. A operação é simples: uma empresa com sobra de caixa compra o metal na Bolsa (se não o possuir em carteira) e empresta à tomadora de recursos, por prazo e juros predeterminados. A tomadora vende o ouro e levanta o dinheiro. Os juros estão em torno de 8% ao ano mais correção pelo dólar. Algumas empresas não fecham negócio sem uma garantia bancária. Uma carta de fiança internacional custa entre 2% e 4% ao ano. Apesar do baixo custo e do fato de que a maior parte do mercado não aposta em ajuste cambial antes do final do ano, o risco de fechar uma operação dolarizada é grande. No final de junho, véspera de aniversário do Plano Real, a especulação no mercado de câmbio deve se intensificar. E há uma parcela de instituições que aposta em ajuste cambial em torno de 15% no início de julho. Texto Anterior: Loyola vai desmontar as armadilhas do compulsório Próximo Texto: Antropologia explica fracasso de empresas Índice |
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