São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Lutador tenta título mundial em novembro

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

O maior desafio de Francisco Alves Filho será em novembro, no Japão, na disputa do 6º Campeonato Mundial de Kyokushin.
Chiquinho é um dos maiores favoritos. Mas o desafio das cem lutas, em março, deu oportunidade para que a maioria de seus adversários estudasse seu estilo.
O brasileiro treina sob a orientação de Ademir da Costa, considerado o melhor carateca de kyokushin ocidental de todos os tempos.
Costa foi pentacampeão brasileiro, tetra sul-americano, 4º colocado no Mundial de 84 e 5º, no de 87. Ele também passou pelo desafio das cem lutas, em 87.
``Não vamos ter tempo para que o Chico aperfeiçoe um novo golpe. A vantagem é que ele possui uma variedade grande de golpes", afirma o treinador, para quem a tática no Mundial será diferente.
``No teste, ele não podia tomar a iniciativa, pois seria desgastante. No Mundial, Chico vai atacar o tempo inteiro", explica.
As cem lutas serviram para tranquilizar o preparador quanto à parte física. ``Ele está com resistência. Agora é só aprimorarmos a parte técnica e a psicológica."
Considerado o segundo melhor lutador brasileiro da atualidade, depois de Chiquinho, Glaube Feitoza, 22, treina todos os dias com o atual tricampeão brasileiro.
``Ele desconhece a força que tem. Chuta ou soca tão forte que a dor persiste por semanas", diz.
Para Feitoza, o mawashi-gueri de esquerda (chute com o peito do pé no rosto) é a arma de Chiquinho. ``É fatal. Se ele dribla a guarda e o golpe entra, é nocaute."
Glaube lembra que em 91, no Mundial, Chiquinho acertou um mawashi-gueri no suíço Andy Hug (vice-campeão mundial). Hug ficou 12 minutos desacordado.
``Muitos são fortes. Mas ele também é rápido e técnico", diz Feitoza. (WBJr.)

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