São Paulo, segunda-feira, 5 de junho de 1995 |
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Ataque sérvio em Sarajevo mata cinco e atinge ONU ROGÉRIO SIMÕES ROGÉRIO SIMÕES
A cidade foi também palco da ação de franco-atiradores, que visam principalmente a população civil. Um homem foi ferido nas proximidades de sua casa por um dos disparos. A ação sérvia atingiu novamente as forças de paz da ONU. Na madrugada de ontem, dois soldados holandeses foram feridos a tiros pelos sérvios, que continuam ameaçando constantemente soldados e observadores estrangeiros. Não houve reação por parte da ONU, que teme pela segurança dos reféns mantidos pelos sérvios se responderem aos ataques. As forças de paz continuam a receber reforços do Reino Unido, que agora terá a colaboração principalmente da França na formação de um contingente de apoio ao trabalho da ONU na Bósnia. Ontem desembarcaram no aeroporto de Split novas tropas britânicas, com grande equipamento de artilharia. O Reino Unido deve enviar, ao final da operação, cerca de 6.500 homens. A França deve começar a enviar suas tropas de apoio nesta semana, mas há a possibilidade de que elas não fiquem muito tempo na região. O aeroporto de split tem grande movimentação. Em entrevista à BBC, o ministro do Exterior britânico, Douglas Hurd, disse que há chances de que a nova operação de apoio às forças da ONU não dê certo. Segundo ele, um plano da Otan para a retirada total das forças de paz está praticamente pronto. Chegaram também ontem a Split os 11 britânicos que haviam sido mantidos como reféns dos sérvios e foram soltos na sexta-feira, dentro do grupo de 126. Nove vieram de Zagreb de manhã. Os dois restantes chegaram por volta das 12h, depois de passarem por exames médicos na capital da Croácia. Os dois desceram do avião em roupas de hospital, caminhando com o auxílio de muletas. Mas pareciam estar bem de saúde, conversando com seus colegas que os receberam na pista. O comando das forças da ONU em Saravejo continua na expectativa de uma decisão clara da entidade para definir qual será sua missão a partir de agora. Segundo o tenente-coronel Gary Coward, porta-voz das forças de paz em Saravejo, as tropas esperam por uma posição do conselho de segurança da ONU para o início da operação com as novas tropas de apoio. Texto Anterior: EUA oferecem ajuda a nova força Próximo Texto: Rebeldes condicionam libertação de reféns Índice |
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