São Paulo, quarta-feira, 7 de junho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Argentina renegocia dívida de US$ 500 mi
SÔNIA MOSSRI
Este é um dos itens do pacote anunciado na segunda pelo ministro. O mercado financeiro reagiu com desconfiança, porque avalia que as novas medidas são insuficientes e apenas demonstram que o governo não consegue fechar as contas públicas com equilíbrio. Na prática, Cavallo está adiando para o terceiro trimestre do ano uma escolha inevitável: renegociar as metas com o FMI (Fundo Monetário Internacional) ou solicitar um novo empréstimo junto aos bancos comerciais, para fechar as contas de 95 em equilíbrio. Segundo o ministro da Economia, a dívida de US$ 500 milhões junto a fornecedores corresponde ao total mensal da folha de pagamento do funcionalismo federal. Para reforçar o caixa, Cavallo atrasou o pagamento do funcionalismo em uma semana. A partir de agora, o salário de cada mês será recebido no quinto dia útil do mês seguinte. Antes, o pagamento era feito até o dia 30 do mesmo mês. A Bolsa de Buenos Aires fechou ontem com queda de 5,49%. A cotação dos papéis argentinos despencou no mercado internacional. Além disso, o Banco Central informa que, desde o fim de maio, houve um congelamento no crescimento de depósitos em bancos. Após a reeleição do presidente Carlos Menem, em 14 de maio, houve expansão de mais de US$ 1 bilhão nos depósitos. Cavallo reconheceu ontem, pela primeira vez, que o país enfrenta uma recessão -queda da produção econômica, aumento do desemprego e quebras de empresas. ``Estamos numa situação mais difícil do que o normal, porque tivemos desaparecimento do crédito e saída de depósitos nos primeiros três ou quatro meses do ano. Agora, as coisas vão se normalizar. Assim, teremos uma primavera muito linda", disse Cavallo. Texto Anterior: Comércio internacional e meio ambiente Próximo Texto: Philip Morris retira propaganda de estádios Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |