São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995
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Contratos de risco não encontraram petróleo

DA SUCURSAL DO RIO

As empresas que obtiveram da Petrobrás contratos de risco para exploração e produção de petróleo, entre 1975 e 1988, investiram, no total, US$ 1,1 bilhão.
No mesmo período, a Petrobrás investiu US$ 26 bilhões no setor, dos quais US$ 8,3 bilhões exclusivamente na exploração.
As informações constam de um relatório da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobrás) acerca da quebra do monopólio.
Em 9 de outubro de 1975, através de um memorando, o então presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou os contratos de risco entre a Petrobrás e empresas privadas.
Os contratos previam que empresas privadas investiriam em pesquisas de poços e na exploração de petróleo, competindo com a Petrobrás nessas áreas.
Nos 14 anos de vigência dos contratos de risco, foram celebrados 243 acordos. A Constituição de 1988 proibiu os contratos de risco. Segundo Pedro Castilho, 61, engenheiro recém-aposentado da Petrobrás, cerca de 40 empresas estrangeiras tentaram encontrar e explorar petróleo no Brasil.
As empresas estrangeiras que firmaram contratos de risco, ainda segundo a Aepet, perfuraram 205 poços e não produziram petróleo.

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