São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995 |
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Ministro das Comunicações ameaça cancelar concessões
VALDO CRUZ
Segundo Motta, o governo vai fixar um prazo para a implantação do serviço. Se ele não for cumprido, o ministério pode cancelar a concessão. ``Tem concessão que está na quarta renovação e até hoje não foi implantada", disse. Ele anunciou ainda que, aprovada no Senado a emenda que quebra o monopólio das telecomunicações, o governo vai lançar concorrência para o setor privado participar dos serviços de telefonia celular e transmissão de dados. O ministro acredita que, até o dia 3 de julho, a emenda estará aprovada pelo Senado em dois turnos. Anteontem, a Câmara aprovou em segundo turno a proposta do governo. O prazo a ser fixado pela circular para a implantação das concessões vai depender de cada caso. As mais antigas correrão mais riscos. O ministério está fazendo um levantamento do número de concessões que até hoje não foram concretizadas. O governo quer acabar com o que ocorria antes. Um empresário ganhava uma concessão de uma rádio por motivações políticas, mas, por não ter estrutura, acabava não implantando o serviço. O café da manhã com os parlamentares do PPR serviu para o ministro expor os seus planos no setor. Segundo Motta, depois de abrir os setores de telefonia celular e transmissão de dados à iniciativa privada, o passo seguinte será reestruturar as telefônicas. Ele reafirmou que a intenção é reduzir de 27 para 7 a 9 as empresas de telecomunicações no país. Só depois deste trabalho é que o governo colocaria em seus planos a privatização destas companhias. No agrupamento das empresas de telecomunicações, o governo vai definir novas áreas de concessão no país. Para evitar que locais de pouco interesse econômico fiquem prejudicados, o ministério poderá reunir numa mesma área de concessão São Paulo e Amazonas, por exemplo. Texto Anterior: Rã em conserva Próximo Texto: Caiu 'taxa de ladrão', diz Motta Índice |
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