São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995 |
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BC reduz os compulsórios sobre CDBs
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Comércio e indústria mostram sinais de desaquecimento e governo volta a abrandar restrições ao créditoSucursal de Brasília O governo adotou ontem seu maior recuo desde o Plano Real na política de restrição ao consumo. Acabou o teto estabelecido pelo governo para a captação de depósitos a prazo pelos bancos (CDBs). As instituições financeiras que ultrapassassem esse limite eram obrigadas a recolher ao BC 90% do excesso de depósitos a prazo. Esse recolhimento é chamado de compulsório. Foi reduzido ainda o depósito compulsório sobre os empréstimos bancários, de 12% para 10%. Na semana passada, no mesmo dia em que o presidente do BC, Pérsio Arida, anunciava sua demissão, o compulsório foi reduzido de 15% para 12%. O efeito dos compulsórios é diminuir a quantidade de recursos que os bancos possuem para emprestar. Sem dinheiro disponível, as instituições financeiras passam a cobrar mais pelos empréstimos, aumentando os juros do crediário. O objetivo da medida é voltar a aquecer a economia, que estava com atividade reduzida em função de medidas anticonsumo adotadas desde o Real. ``Temos indicadores do comércio e da indústria que demonstram que o aquecimento da demanda está em um ritmo mais adequado", disse o chefe do Deban (Departamento de Operações Bancárias) do BC, Luiz Gustavo da Matta Machado. Além de diminuir os juros do crediário e empréstimos bancários, a redução de compulsórios sobre CDBs deve aumentar a remuneração da caderneta de poupança, segundo o chefe do Deban. Pedido Os empresários do setor comercial pediram ontem ao ministro Pedro Malan (Fazenda) a revisão da política de juros e da campanha de contenção ao consumo. Os presidentes da Federação do Comércio de São Paulo, Elvio Aliprandi, e o presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal, Lindberg Gaziz Cury, pediram a adoção de uma política de crédito. Os empresários apresentaram um quadro negativo das vendas. Em maio, mês considerado bom para o comércio por causa do dia das mães, as vendas caíram 57% em relação a janeiro de 94. Texto Anterior: Índice da Bolsa paulista despenca 3,17% Próximo Texto: Cota para importação de carro será de 3% Índice |
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