São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Padrões gráficos modernos marcam evolução

ERIKA PALOMINO; EVA JOORY
DA REDAÇÃO

O corrente poder dos catálogos vêm na esteira do bem-sucedido produto da marca DKNY, da norte-americana Donna Karan. Lançado ano passado, o catálogo tem forma de livro e fotos do top Peter Lindbergh.
Sua função é amarrar a imagem da DKNY (abreviação de Donna Karan New York) à cidade de Nova York. A renda de suas vendas (cada um custa US$ 49) vai para associações relacionadas à Aids e a causas sociais de NY.
A influência de DKNY aparece aqui e ali. Da Forum (desenhada pela dupla ítalo-brasileira Susanna Cucco e Giovanni Bianco) à M. Officer, passando pelas fotos realizadas nas ruas de Nova York pela Iódice. Mas sem cópia; como saudável informação. O moderno material da marca Jil Sander também é outra referência.
Assim, vem mais arrojados e menos convencionais os catálogos brasileiros desta temporada. Mas nem por isso deixam de mostrar a roupa.
O catálogo tem que ser didático, acredita o fotógrafo Fernando Louza. ``É preciso mostrar a roupa de uma maneira chique e não com uma atitude de foto de moda ou de passarela."
A Equilíbrio não faz desfile e mandou imprimir 6.500 exemplares a um custo ``que gira em torno de R$ 25 mil". Clô Orozco, da Huis Clos, diz que, como não faz desfiles, seu catálogo (3 mil ao custo de R$ 25 mil) ``pretende mostrar a filosofia da coleção".
Para isso, chamou a designer Dora Levy. ``Foi um trabalho difícil, pelo lado técnico", conta. ``Quis resgatar as variações de cobre, ouro e preto das roupas."
Luis Jardim Lima, gerente de produção gráfica da Burti, explica que ``o catálogo foge dos padrões de impressão normais. Um verniz especial separa o preto do ouro. Demorou três vezes mais".
Algumas marcas complicam também na apresentação. A Forum entrega o seu numa caixa, numa sacola plástica; a Cia. Marítima traz uma garrafa numa lata.
O objetivo era contar uma história de um naufráfio no Pacífico. (Erika Palomino e Eva Joory)

Texto Anterior: Muda o conceito decatálogo de moda
Próximo Texto: Modelo interpreta a marca
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.