São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995 |
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NA PONTA DA LÁPIS
MARCELO LEITE Na coluna do último dia 28, mencionei no rodapé com este mesmo título as críticas de um funcionário público municipal a reportagem da Folha sobre o Projeto Cingapura. O leitor acusava o jornal de não ter avaliado criticamente a informação de que a verticalização das favelas paulistanas iria beneficiar 521 mil pessoas.O argumento do servidor era que, como se tratava de 28.132 apartamentos, a ocupação dos imóveis corresponderia a mais de 18 pessoas por unidade. Um absurdo evidente, concordei. Depois de publicado o comentário, mais precisamente no dia seguinte, recebi da editoria de Cidades uma explicação satisfatória para o número à primeira vista descabido. Ei-la: "Serão beneficiadas 521 mil pessoas, caso o projeto seja concluído. Isso não significa que 521 mil pessoas vão se mudar para os 28.132 apartamentos que estão sendo construídos. (...) A prefeitura derruba cerca de 30% dos barracos, constrói os prédios, transfere os favelados para os apartamentos e reurbaniza a favela. Faço minhas as palavras acrescentadas pela editora Suzana Singer à explicação do repórter: "Concordo que as matérias deveriam deixar essa explicação mais clara. Texto Anterior: Marketing, jornalismo e isenção Próximo Texto: Mudanças questionadas Índice |
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