São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995 |
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Neta de militar não casa para ter benefício
CYNARA MENEZES
``Eu posso até ir morar junto com alguém, mas casar jamais", diz Débora. A pensão lhe dá direito ainda ao 13. salário e a todos os aumentos concedidos pelo Executivo ao serviço público. A irmã dela, também pensionista, já vive com um companheiro há dois anos, teve com ele dois filhos, e não quer legalizar a situação pelo mesmo motivo: a pensão só vale para as filhas solteiras. Débora e a irmã, cujo pai era filho único, foram adotadas pelo avô para efeito de pensão pouco antes dele morrer, em 1978. Ela admite ser uma ``privilegiada", mas não vai abrir mão da pensão por causa disso. ``Houve uma época em que eu ficava constrangida. Hoje, não. Não pedi para receber, foram meus pais e meu avô que decidiram". Sem emprego fixo, Débora também diz achar ``injusto" que só as filhas de militares tenham direito à pensão, que reconhece garantir sua sobrevivência. ``Para mim é bom", diz. (CM) Texto Anterior: Trinetos de Tiradentes ganham pensão Próximo Texto: Policiais não pagam cinema em Brasília Índice |
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