São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
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Policiais não pagam cinema em Brasília

CYNARA MENEZES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Distrito Federal é o único Estado do país que pode ter, a partir de agora, além de uma política cultural, também uma polícia cultural.
A Câmara Legislativa de Brasília aprovou, há duas semanas, um projeto que dá acesso livre nos cinemas, teatros e eventos culturais aos bombeiros e policiais militares, mesmo de folga e à paisana.
O governo local estuda vetar o projeto, que as produtoras de shows da cidade já usam como desculpa para futuros aumentos no preço dos ingressos.
``O governo é contrário ao projeto, que coloca em risco a prioridade para o setor cultural e a proposta de incluir Brasília no circuito cultural nacional", disse o secretário de Comunicação, Moacyr de Oliveira.
Os deputados governistas na Câmara votaram, porém, a favor da aprovação do projeto, que só teve duas abstenções e vai beneficiar mais de 18 mil policiais e bombeiros militares.
O deputado distrital João de Deus (PDT-DF), ex-policial e autor do projeto, diz que ``o projeto é corporativista, eu sou corporativista". Ele, curiosamente, durante a semana tentou impedir a participação de 300 policiais no coro de uma montagem da ópera Aída. Alegava que o espetáculo não era ``coisa de macho".
(CM)

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