São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995 |
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Cesp vai captar recurso externo
CARLOS ALBERTO SANDENBERG
Com isso, a empresa troca dívida interna, que paga juros superiores a 50% ao ano, por dívida externa, com juros de 10% a 12%. Trata-se da primeira operação importante para o saneamento financeiro da companhia, que entrou o ano em situação lastimável. ``Só não quebrou porque é estatal", comenta Andrea Matarazo, presidente da empresa. A Cesp tinha US$ 2 bilhões em dívidas já vencidas com fornecedores e impostos. Este ano, tinha de pagar mais US$ 1 bilhão de parcelas da dívida externa e US$ 800 milhões para a Eletrobrás. A questão é: como uma companhia nessa situação consegue empréstimo no exterior? Primeiro, porque o empréstimo tem a garantia do governo federal brasileiro. E segundo, porque Sobral conseguiu mostrar aos investidores externos que esse saneamento financeiro é parte inicial de um processo de privatização. A Cesp é impossível de privatizar. Além da situação financeira, a empresa é uma confusão que junta geração de energia elétrica, transmissão e distribuição aos consumidores finais, em 22 municípios. A idéia é dividir em diversas empresas menores, em áreas específicas. As 20 hidrelétricas serão agrupadas, por bacia ou região, em empresas exclusivamente para geração de energia. A distribuição de energia ao consumidor final será dividida por diversas empresas. As empresas geradoras e distribuidoras de energia poderão ser privatizadas. A empresa de transmissão permanecerá estatal, porque atende todas as demais do Estado. Matarazo acredita que em dois anos estará iniciando as privatizações. Mas a parceria com setor privado, para a conclusão das usinas de Porto Primavera e Canoas, sai antes disso. (CAS) Texto Anterior: Empresa começa ajuste com demissões Próximo Texto: Brasil lidera ranking na América Latina Índice |
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