São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
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Famosos fazem 'correio elegante' na Folha

ALESSANDRA BLANCO; PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ridículo ou não, um bilhete de amor deve ser, antes de tudo, espontâneo. O segredo é fazer com que o outro se reconheça naquele bilhete e, acima de tudo, demonstrar o que está sentindo.
Por isso, o titã Tony Belotto, xx, resolveu seguir a intuição ao escrever a declaração de amor para sua mulher, a atriz Malu Mader.
Com receio de ser ``pessoal demais", ele havia preparado outra versão, misturando frases de músicas famosas. Desistiu. ``Não dá para trabalhar o texto e é melhor abandonar as pretensões estéticas quando se fala de amor", diz
Ao ser consultado pela Folha, o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva (o Vicentinho), 39, decidiu se inspirar nas dificuldades que o casal enfrentou na greve dos petroleiros para escrever o bilhete. ``Achei que seria a melhor forma de homenagear a Roseli. Ela, que teve a coragem de casar comigo, já me atura há três anos, sempre lutando", disse.
A senadora Benedita da Silva, 53, (PT-RJ), já tinha o bilhete pronto para dar ao marido Antônio Pitanga no dia 12 de junho.
Segundo a senadora, o casal não costuma esperar ``datas especiais" para fazer trocas de elogios por carta: ``Às vezes, ele deixa um aviso por escrito e sempre começa me chamando de ``minha amada".
Ao contrário dos dois ``companheiros", o presidente do PT, Luís Inácio Lula da Silva, não é muito fã dos bilhetinhos.
Lula e o ministro do Planejamento, José Serra (PSDB-SP), preocupados com a imagem política, negaram o pedido da Folha exatamente com a mesma justificativa: tais intimidades jamais devem ser reveladas por um homem.
Já o senador José Sarney não se preocupa com isso. Membro da Academia Brasileira de Letras, ele escreveu ``O Dia dos Namorados e o Amor do Passado" defendendo o resgate do amor nesse ``mundo ``high tech", de frias relações".
Sem o que dizer sobre o assunto, a cantora Rita Lee, 47, optou pelo pessimista ``Namorados! Melhor não tê-los". O publicitário Celso Loducca, 36, se intitulou um ``aprendiz no amor".
(ABl e PD)

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