São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
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Fase final do Paulista não tem favoritos

TELÊ SANTANA

Aconteceu o que todos esperavam desde o início do Campeonato Paulista.
São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Portuguesa e Guarani estão entre os oito classificados para a fase final do torneio e iniciarão uma disputa, sem favoritos, pelo título, no próximo fim-de-semana.
Acredito que o sétimo time classificado e o vencedor da Série A-2 também proporcionarão jogos equilibrados nos quadrangulares, mas dificilmente disputarão o título.
Nessa primeira fase, a equipe que mais se destacou foi a Portuguesa. O time conseguiu fazer uma boa campanha nos dois turnos. Está bem entrosado, mas, mesmo assim, não é favorito.
O Santos foi outro time que me agradou.
O Palmeiras é uma equipe que, apesar de não viver um bom momento, precisa ser sempre respeitada.
Já o Corinthians, tem um bom elenco e vai crescer quando acabar sua participação na Copa do Brasil.
Quanto ao São Paulo, o time caiu um pouco de produção nos últimos jogos. Apesar disso, temos um grupo de jogadores muito bom, que pode superar todas as dificuldades no momento de decidir.
Lamento, porém, o regulamento mal feito desse campeonato. E a culpa não é só do presidente da Federação Paulista.
Os diretores dos clubes também foram coniventes com a fórmula de disputa. O resultado é que, até agora, na última rodada, não está definida a formação dos grupos na fase final.
Que isso sirva de lição aos dirigentes para os futuros campeonatos. Um regulamento não pode ser feito em cima das pernas.
Outra coisa que pode prejudicar essa etapa decisiva é a ausência de estádios em boas condições.
Com a interdição do tobogã do Pacaembu, a minha sugestão é que os clássicos sejam disputados no Morumbi, onde o gramado está bom.
Não sei se é possível. Mas poderiam ser vendidos 10 mil ingressos de arquibancadas, que, somados aos 18 mil lugares do anel inferior, dariam uma capacidade total de 28 mil pessoas.
Acho que, com apenas 10 mil pessoas nas arquibancadas, a estrutura do Morumbi não seria comprometida.
Boas arbitragens também serão decisivas para o sucesso dessa fase final. Elas podem salvar o campeonato.
Se os juízes paulistas não são capazes de coibir a violência e aplicar as regras, que venham os juízes de outros estados e do exterior.
Não quero proteção. Se derem motivo, quero que expulsem também meus jogadores. Vou pedir para a diretoria punir os atletas que receberem cartão vermelho de graça.

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