São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995
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a joalheira que lapida o tempo

LÚCIA CRISTINA DE BARROS

Se houvesse dicionário de gente, os sinônimos para o verbete Cecília Rodrigues seriam: requinte, arte, movimento.
Virginiana caprichosa, esta filha de pai empreiteiro e mãe "com rodinha nos pés" descobriu-se joalheira 42 setembros depois de vir ao mundo presa de uma "necessidade de aprender".
Graças à uma "mania estética, Cecília fez das andaças pela vida e pelo mundo uma desculpa para colecionar: roupas, jóias, móveis, línguas (fala cinco). "Essa bagagem vai acumulando, e um dia a gente faz alguma coisa."
Cecília fez muitas. As jóias são só a última investida da executiva de finanças que vive com coceira nas mãos, e por isso tornou-se parente da lua.
Já passou pelas fases da cozinha; da jardinagem, quando fazia até programa no computador para sua horta; dos "wearables" (a saia da foto); dos tapetes e bordados; da ikebana - sua "escola estética", onde aprendeu o equilíbrio.
Fruto dessas influências, as jóias feitas a partir de antiguidades têm a personalidade da criadora. No meio dessa correria, há o tempo sagrado da filha Nina -"Esta sim, é a jóia da minha vida".
L.C.B

FICHA
Atelier Cecília Rodrigues. Tel. 829-9394.

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