São Paulo, domingo, 11 de junho de 1995 |
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Nakano diz que cortou pouco
CLÓVIS ROSSI
São, no total, cerca de 1.700 funcionários (números de janeiro, que não incluem as demissões recentes) e uma transferência de R$ 3,233 milhões para a fundação, na média mensal do período. ``O corte que fizemos nas transferências para a fundação foi pequeno em relação ao que estamos fazendo em outras áreas", diz o secretário da Fazenda, Yoshiaki Nakano. Nakano queixa-se que a fundação, em vez de reduzir, expandiu seus gastos desde o ofício de fevereiro. Pior: deixou de pagar cerca de R$ 10 milhões a fornecedores. A conta vai para a Fazenda, que se vê obrigada a pagá-la sob pena de cair no Cadin (Cadastro de Inadimplentes), mecanismo pelo qual o governo federal monitora que Estado paga ou não seus débitos. As demissões que a fundação começou a fazer no mês passado também acabam pesando nos cofres do próprio Tesouro. Nakano calcula que já saiu da Fazenda, para pagar indenizações, algo em torno de R$ 5 milhões. O irônico na história é que Nakano ajudou a montar os novos estatutos da fundação, durante o governo Franco Montoro (83/87). Ele era o braço direito de Luiz Carlos Bresser Pereira, e coube aos dois montar os estatutos que dessem de fato independência à fundação. A indicação de Jorge da Cunha Lima, segundo Nakano, não tem nada a ver com os cortes. ``Eu sou amigo do Jorge e bem que gostaria de dar mais recursos a ele, mas o Estado não está em condições de fazê-lo." Texto Anterior: Para Covas, até uma criança fatura mais Próximo Texto: 'Larry King Live' comemora dez anos Índice |
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