São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 1995 |
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Franqueado quer mudar de vida
MARCELO CHERTO; MARCUS RIZZO MARCELO CHERTO e MARCUS RIZZODias atrás, estivemos, com nossos alunos da Franchising University, visitando o centro de treinamento do McDonald's em São Paulo. Fomos recebidos por Eduardo Mortaria Filho, que explicou à rapaziada os principais aspectos da operação de franchising da empresa no Brasil e respondeu a dúzias de perguntas relacionadas a recrutamento e seleção de franqueados, definição de pontos, locação de lojas para os franqueados e, evidentemente, treinamento. Foi interessante saber que apenas o McDonald's da região sul (a Restco, que cuida dos Estados da região Sul, mais Mato Grosso e Triângulo Mineiro) recebe mais de 3.000 solicitações de franquia por ano. E que, anualmente, somente uns 25 candidatos têm sido selecionados para iniciar o treinamento, ao longo do qual um ou outro pode ser ``desclassificado", como, aliás, tem acontecido. Mortari nos contou também que têm maior chance de obter uma franquia os candidatos que se disponham a assumir uma loja em qualquer ponto do território nacional que lhes venha a ser indicado pelo McDonald's, mesmo em outra cidade ou Estado. Um dos alunos perguntou se isso não reduz o interesse dos candidatos à franquia e Mortaria respondeu que, como muitos dos interessados numa franquia são executivos de grandes empresas que estão loucos para mudar de vida, mudar de cidade, para esses caras passa a ser apenas mais um detalhe. Nada que assuste. Bem ao contrário, muitos dão graças aos céus. Já que falamos em Franchising University, os autores desta coluna estão desde ontem nos Estados Unidos, acompanhando seus alunos das Turmas 9 e 10 em visitas a vários franqueadores americanos. Essas visitas fazem parte do programa do Curso de Formação de Empresários e Executivos de Franchising. Não dá para entender por que diabos a imprensa resolveu dar espaço para Itamar Franco. Não há mais nada para se escrever sobre o cidadão. O texto definitivo foi escrito pela genial Barbara Gancia, aqui na Folha, quando o comparou a Ringo Starr, o simpático, porém medíocre baterista que apenas teve a sorte de estar no lugar certo na hora certa e acabou (sem ele próprio entender bem como ou por quê) se tornando um dos Beatles. MARCELO CHERTO e MARCUS RIZZO são diretores da Cherto & Rizzo Franchising e do Instituto Franchising, além de professores da FGV e da Franchising University. Texto Anterior: Produtor ou consumidor Próximo Texto: A imprensa e a crise Índice |
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