São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 1995 |
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Veneza terá novo museu em 96
DANIEL PIZA
O projeto está rodeado por polêmicas. Para começar, Cacciari se indispôs com o diretor desta 46ª edição do evento, porque queria restaurar o pavilhão italiano, o maior dos prédios dedicados às representações nacionais, nos jardins. Clair achou melhor esperar a passagem desta Bienal, já que Cacciari pretendia fazer a reforma em apenas três meses, correndo o risco de não terminar. A necessidade de um prédio maior e adequado para centralizar o evento, onde se configure um acervo das sucessivas exposições, é a justificativa de Cacciari. ``O museu será fundamental para organizar e aprimorar a Bienal", disse. A construção do museu faz parte de um projeto museológico global que Cacciari comanda para Veneza. ``Precisamos usar os diversos espaços de modo racional", afirmou. ``É impossível ir às exposições em Veneza hoje; você entra num museu ou palácio e há tanta gente que não se vê nem o quadro." Uma das idéias em avaliação é, segundo Cacciari, a destinação de um horário exclusivo para as excursões turísticas. Outra é o aumento do preço dos ingressos para criar renda para restauração e dos museus. O problema, porém, é turístico. Alguns, como o cineasta Franco Zeffirelli, propõem um controle rigoroso do fluxo de visitantes a Veneza. A população da cidade, 50 mil, dobra na alta temporada (maio-outubro). ``É muito delicado", resume Cacciari. ``Veneza depende do turismo e o turismo, dos museus. Mexer em um ou outro é muito difícil." (DP) Texto Anterior: Bienal de Veneza premia norte-americanos Próximo Texto: Caixa apresenta piano moderno de Bud Powell Índice |
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