São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995 |
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16 presos cavam túnel e escapam no Rio
SERGIO TORRES
A ousada fuga e as dimensões do túnel secreto, que chega a 3 m de profundidade, 5 m de comprimento e 1 m de diâmetro, surpreenderam a polícia. Para os policiais civis que investigam a fuga, os presos levaram cerca de três meses para fazer o túnel. Já o diretor do Ary Franco, major Dinaldo Macedo, da PM (Polícia Militar), diz que os presos não passaram mais de quatro dias cavando. ``O presídio é cercado por uma areia fofa". Os fugitivos demonstraram planejamento e imaginação. Para cavar, usaram pedaços de ferro retirados das camas da cela 27 da galeria A, onde estavam presos. O túnel foi aberto a partir do buraco usado como privada da cela. Antes de fugir, os presos improvisaram bonecos com lençóis. Cheios de areia, os bonecos foram colocados nas camas, sob cobertores, para disfarçar a fuga. O túnel saiu na rua Violeta, ao lado do muro do presídio. A fuga foi descoberta às 3h30, por policiais que caminhavam em ronda à volta do presídio. Eles notaram o buraco de 1 m de diâmetro na calçada e deram o alarme. Água Santa e bairros vizinhos foram cercados por 100 policiais. As buscas fracassaram. Nenhum fugitivo foi recapturado. O diretor disse que às 21h de domingo agentes foram às celas conferir o número de presos. Nada de anormal foi notado, segundo ele. A 26ª Delegacia de Polícia abriu inquérito. A fuga também está sendo investigada em sindicância do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário). O líder da fuga, segundo o Desipe, seria Manoel Ribeiro de França Filho, 50, condenado a 36 anos por sequestro e assalto. Ele foi preso em 92, acusado de participar do sequestro do príncipe Pedro Tiago de Orleans e Bragança, neto de dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança, membro da família real brasileira. Pedro Tiago, que tinha na época 13 anos, foi solto antes do pagamento do resgate. Texto Anterior: A Suécia não é aqui Próximo Texto: Preso suposto ladrão de banco Índice |
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