São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995
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Inflação em SP mantém-se estável, mas deverá subir

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os preços iniciaram junho com pouca variação em relação a maio em São Paulo. Na primeira quadrissemana do mês a inflação foi de 1,99%, taxa próxima do 1,97% de maio, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Foram comparados os preços médios de 8 de maio a 7 de junho com os de 8 de abril a 7 de maio.
Os alimentos, principal item de peso na composição da inflação, ainda estão em queda em São Paulo. Vários itens que pressionaram a taxa de inflação nas últimas semanas começam a perder fôlego. É o caso de vestuário e serviços.
A taxa de junho, no entanto, recebe nova pressão com o aumento de 30% para ônibus, a partir do próximo dia 19. Este reajuste representa uma evolução de 0,94 ponto percentual na taxa de inflação nos próximos 30 dias, a partir do aumento.
Parte do impacto fica para junho (0,3 ponto) e o restante para julho. Com isso, a taxa de inflação de junho deve ficar acima do 1,97% de maio.
O índice deve registrar o maior patamar do ano e ficar de 3% a 3,5% em julho. As maiores pressões virão das tarifas públicas, principalmente dos 30% de ônibus. Tarifa de água já subiu.
Passado o efeito de repique que esta taxa pode provocar, os preços vão ficar mais equilibrados, diz Heron do Carmo, economista da Fipe.
O custo de vida da classe média paulistana (ganho familiar entre 10 e 40 salários mínimos) foi de 2,32% em maio (2,97% em abril), segundo a Ordem dos Economistas de São Paulo.

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