São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995 |
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Indústria paulista demite mais 9.976 no mês de maio
ANTONIO CARLOS SEIDL
O recuo foi de 0,41% em relação ao mês de abril. No ano, a taxa ainda é positiva (1,31%), com a admissão de 30.397 pessoas. Horacio Lafer Piva, diretor titular do Departamento de Pesquisas da Fiesp, atribuiu o resultado negativo à política governamental de juros altos e às restrições ao crédito. ``A indústria tinha percebido a queda das encomendas do comércio desde abril", disse. ``A tendência para o resto do ano é de mais demissões", previu. Piva disse que o desaquecimento do consumo tem um reflexo imediato nos custos das empresas. ``O empresário demite por um instinto de sobrevivência". O diretor da Fiesp afirmou que as demissões de 4.437 trabalhadores na última semana de maio, quase a metade do mês, contribuíram para ``o pior resultado mensal do emprego desde o lançamento do Plano Real". ``Estamos preocupados porque acreditávamos que o nível de emprego, apesar da queda do consumo, pudesse se manter estável até o fim do ano", afirmou. Segundo estudo da Fiesp, a indústria paulista eliminou 540 mil postos de trabalho, um queda de 19,4%, desde 1990. ``Esse é um número dramático que mostra a deterioração do mercado de trabalho na indústria", disse. Texto Anterior: Inflação em SP mantém-se estável, mas deverá subir Próximo Texto: Fiat eleva preços; "popular" não sobe Índice |
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