São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995 |
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Leilão do BC acalma mercado de dólar
LUIZ ANTONIO CINTRA
No fechamento, o dólar comercial recuou para R$ 0,915, para compra, e R$ 0,916, para venda. O mercado passou a operar mais calmo à tarde, depois que foi divulgado o resultado do leilão de NTNs (Notas do Tesouro Nacional) cambiais. O governo conseguiu vender todo o lote de papéis atrelados ao dólar, equivalente a R$ 2 bilhões. A taxa média paga pelo Banco Central foi de 17,97% ao ano mais variação cambial para os papéis com prazo de seis meses e de 18,65% ao ano mais variação cambial com prazo de 1 ano. O resultado do leilão sinaliza que o governo não pretende alterar a banda cambial no curto prazo. Isso acalma o mercado de dólar, principalmente por que os bancos -com as NTNs cambiais em carteira- ficam protegidos contra mudanças na banda. A Bolsa de Valores de São Paulo também operou instável com pouco volume de negócios, fechando com variação positiva de 0,92%. O índice chegou a cair 2,2%, no período da manhã. O mercado paulista operou principalmente por conta da proximidade do vencimento de opções, marcado para segunda-feira. Os negócios se concentraram nos papéis Telebrás PN, que representaram 61,3% do total negociado no mercado à vista. Segundo operadores, o mercado de ações continua sem tendência definida para o médio prazo. Isso porque -segundo avaliam- o país pode estar entrando em um período recessivo, o que é ruim para o setor produtivo. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,1440%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,65% para dias úteis, projetando rendimento de 4,03% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,69% ao mês, com rendimento de 4,06% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,5233%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 35% e 60,8% ao ano. CDBs pós-fixados de 183 dias: 12,9% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,55% ao mês, projetando rentabilidade de 4,06% no mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 70% e 130% ao ano. No exterior Prime rate: 9% ao ano. Libor: 6,5% ao ano AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 0,92%, fechando com 37.047 pontos e volume financeiro de R$ 198,0 milhões. Rio: baixa de 0,3%, encerrando a 17.048 pontos e movimentando R$ 14,2 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a 4.446,46 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou com 2.514,60 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 14.813,46 pontos ontem. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,915 (compra) e R$ 0,916 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,911 (compra) e por R$ 0,913 (venda). ``Black": R$ 0,903 (compra) e R$ 0,913 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,911 (compra) e R$ 0,919 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,885 (compra) e R$ 0,920 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,09%, fechando a R$ 11,39 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 9 de junho foi positivo em US$ 431,8 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 391,9 milhões. O saldo total está positivo em US$ 823,7 milhões. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5867 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4005 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 84,34 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 387,90. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou a 4,05% no mês e para julho a 3,95% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 36.600 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para junho fechou a R$ 0,935 e a R$ 0,959 para julho. Texto Anterior: Fiat eleva preços; "popular" não sobe Próximo Texto: Bolsa dos EUA quer atrair investidor do Brasil Índice |
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