São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ponto final
FÁBIO SORMANI Houston Rockets 3 x 0 Orlando Magic. A decisão da NBA está chegando ao fim.Você bem se lembra: diz a regra que quem primeiro vencer quatro partidas ganha o título. Fato consumado? Penso que sim. A situação do Orlando é delicadíssima. Vejamos: 1 - Nunca, em toda a história da NBA, uma equipe saiu de 3 a 0 adverso e acabou vencendo uma série. 2 - A equipe que ganhou o terceiro jogo -como aconteceu no domingo à noite- papou 34 títulos e perdeu 14. 3 - O Magic, fora de casa, tem um aproveitamento ruim; nestes playoffs, venceu quatro dos nove jogos na casa do adversário. Durante a fase de classificação, foram 18 vitórias e 23 derrotas. 4 - O Houston Rockets jamais perdeu uma série em que iniciou vencendo (seu ``average" é de 13 a 0). 5 - O Orlando Magic jamais venceu uma série em que começou perdendo (``average" de 0 a 1). Os números, como se vê, conspiram contra o Magic... Penso que o reino mágico do Orlando começou a ruir quando o time abriu 20 pontos sobre o Houston no primeiro jogo e acabou perdendo-o na prorrogação. Debutante em finais, a equipe da Flórida não conseguiu se recuperar do baque. Falta ao Magic mais um jogador experiente. O único é Horace Grant, que disputa sua oitava temporada e traz na bagagem três campeonatos ganhos na época do Chicago Bulls, onde brilhavam Michael Jordan e Scottie Pippen. Dos outros titulares, nenhum jamais foi campeão da NBA e o mais rodado é Nick Anderson, seis temporadas nas costas. Além disso, o Houston é competentíssimo. Campeão do torneio passado, os Rockets fazem uma marcação estonteante. O adversário se desespera e começa a jogar bolas a esmo. Resultado: o aproveitamento do Orlando nos arremessos de quadra é de 46,3% e nos de três pontos, 32,4% -enquanto o do Houston é de 48% e 38,7%. Essa diferença tem feito a diferença, especialmente nos arremessos de três pontos. O Houston venceu o primeiro jogo por apenas 2 pontos, o segundo por 11 pontos e o terceiro, só por 3 pontos. Só isso? Não. Há Hakeem Olajuwon também. Mas este é um capítulo que eu gostaria de comentar bem mais tarde... Texto Anterior: Ao Brasil, basta querer para meio-vencer Próximo Texto: Notas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |