São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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Quercistas e CGT lançam manifesto pró-monopólio

Frente promove passeata contra reforma em São Paulo

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

A CGT (Central Geral dos Trabalhadores), líderes estudantis e deputados quercistas e petistas lançaram ontem em São Paulo um manifesto contra a reforma constitucional e a quebra dos monopólios estatais do petróleo e das telecomunicações.
O documento foi lançado durante ato que reuniu cerca de 2.500 pessoas, segundo os organizadores, em São Paulo. A Polícia Militar não fez estimativa.
Promovido pela Frente em Defesa da Soberania e Integridade do Brasil -que reúne militares da reserva, políticos, intelectuais e lideranças estudantis favoráveis ao monopólio-, o ato foi realizado na praça Ramos de Azevedo depois de uma passeata pelas avenidas Paulista e Brigadeiro Luiz Antonio (região central de São Paulo).
Entre os deputados que assinaram o documento estão os quercistas José Aristodemo Pinotti e Marcelo Barbieri, ambos de São Paulo, Antonio Brasil (PMDB-PA), Chicão Brígido (PMDB-AC), a petista Telma de Souza (SP), o líder do PDT, Miro Teixeira (RJ), e Ricardo Gomyde (PC do B-PR).
Além deles, o manifesto foi assinado pelo general de Exército da reserva Antonio Carlos de Andrade Serpa, o ex-vice-presidente Aureliano Chaves, Fernando Gusmão, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), e o presidente da CGT, Antônio Neto.
O documento diz que a sociedade precisa se mobilizar ``em repúdio" às propostas de emenda à Constituição ``pois significam a entrega do Brasil aos estrangeiros e a transformação dos brasileiros em escravos obedientes das nações ricas".
A frente pretende realizar uma nova manifestação, dia 21, em Brasília. Neste dia está prevista a votação, em segundo turno na Câmara, da emenda que quebra o monopólio da Petrobrás.
Durante o ato, os manifestantes distribuíram panfletos com críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso, que ``quer entregar estatais para banqueiros e sanguessugas".

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