São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
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PFL aceita reformas já e propõe nova agenda JOMAR MORAIS JOMAR MORAIS; ALBERTO FENRNANDES
Os pefelistas querem votar, já em agosto, a reforma tributária. Até ontem, o governo preferia que a reforma administrativa fosse enviada após as emendas da ordem econômica, já no Senado. O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), tem dito aos líderes da base governista que o Executivo deveria enviar todas as propostas ainda neste ano, mas segundo critério de facilidade de tramitação. Na visão de Luís Eduardo, principal responsável pela tramitação rápida das emendas da ordem econômica na Câmara, a reforma tributária seria a de mais fácil assimilação pelo Parlamento. A reforma administrativa poderia ser votada parcialmente. Como ela se compõe de três emendas, o governo poderia enviar já as que fossem menos polêmicas. A reforma previdenciária ficaria para o final do processo. ``É natural que, depois da aprovação das emendas da ordem econômica, o Congresso vote a reforma tributária", afirma o senador José Agripino (PFL-RN). ``Mas cabe ao presidente definir". Outro tema que seria abordado no jantar com Fernando Henrique era o da desindexação da economia, também abordado pelo presidente no almoço com a bancada do PSDB na Câmara. ``Por princípio, o PFL é favorável à desindexação total", diz o líder no Senado, Hugo Napoleão, em cuja casa a bancada pefelista se reuniu com FHC. Napoleão, porém, reconhece que não há opinião fechada sobre o tema. Alguns senadores do partido, como José Agripino, defendem a desindexação parcial, com a criação de mecanismos de defesa dos salários. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que o governo enviará ao Congresso, ``em breve", projetos de reforma na área fiscal, modificando o sistema tributário e as despesas com administração pública. Malan falou durante cerimônia de posse do novo presidente do BC (Banco Central), Gustavo Loyola. ``É o futuro do país, da economia e da sociedade que está em questão", disse ele sobre a necessidade das reformas fiscais. O governo vem adiando a definição da reforma tributária em função das resistências políticas de prefeitos e governadores. Texto Anterior: Governo desiste de acelerar reformas Próximo Texto: FHC quer mudar Previdência neste ano Índice |
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