São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
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Tucanos reclamam de conta salgada
WILLIAM FRANÇA
Eles consideraram exagerado o preço de R$ 65,00 por pessoa, cobrado pelos organizadores do almoço. Esse é o valor médio cobrado, por pessoa, nos restaurantes de primeira linha em capitais como Rio e São Paulo. Entre os tucanos, é notória a fama que o presidente tem de ser econômico, ou pão-duro mesmo, como admitem alguns aliados. Sorte dele. Como deferência dos tucanos, FHC foi liberado de pagar a conta. Alguns dos parlamentares convidados para o almoço se surpreenderam com a necessidade do pagamento. Uma das que reclamaram do preço foi a deputada Yeda Crusius (PSDB-RS), ex-ministra do Planejamento. Os deputados tinham de deixar um cheque como ``adesão" ao almoço logo na entrada. Na frente dos motoristas, enquanto preenchia o cheque, Yeda Crusius disse que o preço estava ``um absurdo". O almoço foi organizado pelo Restaurante Piantella, tradicional reduto político de Brasília. No preço estava incluído o aluguel da casa onde foi feita a reunião, uma chácara preparada especialmente para festas. A chácara, no Lago Sul, um bairro nobre de Brasília, pertence a uma socialite. O custo total do almoço foi de aproximadamente R$ 4.500, segundo os organizadores, ligados às lideranças do PSDB na Câmara e no Senado. Pelas contas dos tucanos, apenas 3 dos 75 deputados não compareceram -todos por motivo de doença. FHC, como convidado, não pagou. No almoço, foram servidos perdiz assada com arroz de brócolis e camarão ao champanhe. Como sobremesa, havia frutas da estação e sorvete. Para beber, além do uísque servido na entrada para acompanhar os pastéis de queijo, havia vinho francês branco. Texto Anterior: FHC quer mudar Previdência neste ano Próximo Texto: Governo manobra para não votar juros Índice |
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