São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Serra pede apoio do PT à medida provisória
GUSTAVO PATÚ
Serra se encontrou com o líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Eduardo Suplicy (SP), ao chegar à cerimônia de posse do novo presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. Em menos de cinco minutos de conversa, o ministro pediu o apoio de Suplicy à medida provisória. Emprego Segundo Suplicy, o ministro do Planejamento disse que os partidos de oposição devem encarar a fixação das cotas de importação como uma defesa do emprego de trabalhadores. O argumento usado por Serra costuma sensibilizar o PT. Isto porque o Partido dos Trabalhadores tem bases importantes entre os metalúrgicos. E são eles os funcionários das montadoras nacionais de automóveis -que, em tese, seriam as beneficiárias diretas da proteção contra os carros importados. Pela argumentação oficial do governo, porém, a finalidade da medida provisória que cria cotas de importação para veículos é o equilíbrio da balança comercial, que vem apresentando importações superiores às exportações desde o mês de novembro do ano passado. Suplicy não prometeu a Serra o apoio do PT à medida provisória, que já recebeu críticas inclusive de aliados do governo. ``O que me preocupa é estarmos adotando políticas pontuais devido à rigidez da política cambial", explicou o senador. Traduzindo do economês, o senador considera as cotas de importação apenas um recurso do governo para continuar mantendo a cotação do dólar baixa -que segura a inflação, mas prejudica as exportações e estimula as importações. (Gustavo Patú) Texto Anterior: Governo estabelece limite para importação de carros Próximo Texto: Leia o texto da medida provisória Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |