São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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Camarão e endívias salgam conta tucana

GABRIELA WOLTHERS, WILLIAM FRANÇA; MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Duas horas na companhia do presidente Fernando Henrique Cardoso custaram R$ 65 a cada deputado do PSDB. A bancada tucana rateou o custo do almoço oferecido ontem a FHC numa casa no Lago Sul, região nobre de Brasília.
Para garantir privacidade ao encontro, os deputados do PSDB preferiram pagar mais caro para evitar um restaurante da cidade. A conta saiu por R$ 4.500, incluindo o aluguel da casa por uma tarde, a comida e os garçons.
Convidado pelo partido, FHC não pagou pelo almoço. Sua parte no rateio foi bancada pelo deputado Nelson Otoch (CE).
``Foi o almoço mais caro da minha vida, mas valeu a pena", disse o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), satisfeito com os momentos de descontração ao lado do presidente e com os 30 minutos de discurso de FHC.
Alguns tucanos acharam a conta ``salgada". Uma das que reclamaram foi a ex-ministra do Planejamento, deputada Yeda Crusius (PSDB-RS). Na frente dos motoristas, ela disse que o preço era ``meio absurdo".
A casa utilizada para o almoço foi preparada especialmente para a festa, alugada de uma socialite.
O cardápio do almoço foi de fazer inveja aos pefelistas, que ofereceram um jantar ontem ao presidente.
Como prato principal, havia camarões ao molho de champagne e perdiz assada, acompanhados de arroz com passas e arroz com brócolis.
Antes, FHC serviu-se de salada de endívias, variedade de chicória, uma das preferências culinárias do presidente. Na sobremesa, os convidados puderam optar entre ``profiteroles" (massa recheada de sorvete e cobertura de calda de chocolate) ou frutas da estação. Para beber, havia uísque ou vinho.
Pelas contas dos tucanos, apenas 3 dos 75 deputados não compareceram, todos por motivo de doença. O serviço foi organizado pelo restaurante Piantella, tradicional reduto de encontros políticos de Brasília.
(Gabriela Wolthers, William França e Marta Salomon)

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