São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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Guardas são presos acusados de agredir PM

ANTONIO ROCHA FILHO; HELIO SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL E DO NP

Dois casos de confronto entre guardas-civis e PMs foram atendidos pelo 3º DP (Santa Ifigênia, região central de SP) entre a tarde de segunda e a madrugada de ontem.
Quatro guardas, Adilson Alves Dias, 31, Cícero Roberto Dias da Silva, 27, Mário dos Santos Benedito, 33, e Edvaldo José dos Santos, 23, foram presos na segunda-feira acusados de agredir um PM e de exercer função pública que não é de sua competência.
Os guardas se aproximaram de um táxi sem placas na avenida São Luiz (centro). O sargento da PM Joel Moreira de Oliveira, 33, em trajes civis, dirigia o carro.
Segundo os guardas, o PM teria fugido. Alcançado, foi retirado do carro. No 3º DP, o PM, ferido, disse que foi agredido pelos guardas, soltos após pagar fiança.
Ontem de madrugada, o guarda-civil demissionário Carlos Alberto Bastos Alves, 32, foi preso pelos PMs Edilson Pires Duarte, 29, e Laércio Gonçalves, 25, acusado de porte ilegal de arma.
Segundo o delegado Alexandre Banietti, Alves teria apontado uma pistola para Reginaldo Duarte Gomes, 18, durante discussão.
O coronel Luiz Gonzaga de Oliveira, 56, comandante da Guarda Civil Metropolitana, disse que os guardas são orientados a não fazer policiamento nas ruas -função da PM-, mas alguns se excedem.
Segundo ele, a suposta agressão será investigada. ``Se houver culpa, os guardas serão demitidos."
O coronel Roberto Lemes, 50, diretor de Comunicação Social da PM, disse que alguns guardas-civis ``estão ultrapassando os limites". ``Por lei, a Guarda deve preservar o patrimônio municipal. Policiamento é função da PM."
No último dia 30, dois PMs, Elias Bezerra Costa, 36, e Hebert Nunes Godói, 26, foram mortos na zona leste após serem confundidos com ladrões por guardas-civis.
O guarda Carlos César de Mattos, 26, que afirmou ter dado os tiros, está preso. Os outros dois estão afastados de suas funções nas ruas.
(Antonio Rocha Filho e Helio Santos)

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