São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
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Declarações de Loyola fazem dólar recuar
LUIZ ANTONIO CINTRA
O dólar comercial recuou 0,87%, fechando cotado a R$ 0,907, para compra, e R$ 0,908, para venda. Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou a R$ 0,916, depois de ser negociada a R$ 0,92. Edson Simões, diretor-adjunto de Tesouraria do Banco de Boston, diz que o dólar comercial pode chegar próximo de R$ 0,905, ``caso o Banco Central não entre comprando". Isso porque, na avaliação do diretor do Boston, muitos investidores estavam apostando na mudança da banda cambial, que hoje está entre R$ 0,88 e R$ 0,93. Esses investidores compraram dólar, esperando a alta da moeda norte-americana, e agora entram no mercado vendendo, o que faz com que as cotações caiam. Simões diz ainda que a taxa de juros praticada pelo BC -hoje em 60,85% ao ano- deve recuar para um patamar próximo de 57% ao ano, ``já no mês que vem". No mercado futuro de dólar, a cotação para o fim de junho caiu 1,28%, fechando em R$ 0,923. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com alta de 2,28%, registrando volume de negócios de R$ 324,2 milhões. O mercado acionário continua refletindo a proximidade do vencimento do mercado de opções, marcado para segunda-feira. Os negócios no mercado à vista permanecem extremamente concentrados. Telebrás PN representou ontem 54% do total negociado. A taxa de juros paga pelos CDBs para grandes aplicações ficou ontem em 60,4% ao ano, com rendimento mensal de 4,0%. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,144%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,66% para dias úteis, projetando rendimento de 4,04% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,69% ao mês, com rendimento de 4,06% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,6695%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 35% e 60,8% ao ano. CDBs pós-fixados de 122 dias: 12,9% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,53% ao mês, projetando rentabilidade de 4,70% no mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 70% e 130% ao ano. No exterior Prime rate: 9% ao ano. Libor: 5,93% ao ano AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 2,28%, fechando com 37.892 pontos e volume financeiro de R$ 324,2 milhões. Rio: alta de 1,8%, encerrando a 17.368 pontos e movimentando R$ 18,6 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a 4.484,51 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou com 2.512,30 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 14.599,68 pontos ontem. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,907 (compra) e R$ 0,908 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,916 (compra) e por R$ 0,918 (venda). ``Black": R$ 0,902 (compra) e R$ 0,912 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,913 (compra) e R$ 0,920 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,885 (compra) e R$ 0,920 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 1,23%, fechando a R$ 11,25 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 12 de junho foi positivo em US$ 376,3 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 739,0 milhões. O saldo total está positivo em US$ 1,1 bilhão. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5948 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4040 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 83,77 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 387,1. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou a 4,05% no mês e para julho a 3,91% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 37.800 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para junho fechou a R$ 0,923 e a R$ 0,945 para julho. Texto Anterior: Justiça concede liminar contra alta de imposto Próximo Texto: São Paulo terá vôo comercial para Beirute Índice |
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