São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"A propósito da liberdade e do ser livre:

Se diz: `Heifetz faz o que quer com seu violino'. Não será o violino que faz o que quer com Heifetz?
Isto é um piano, dado e imutável. O menino que quer ser pianista tem mãos inábeis (mas inábil significa sempre disponibilidade, quilômetro zero de inúmeros caminhos; ser inábil é ser livre); mãos plásticas, a antítese do teclado que se ri delas com todos os dentes. `Gradus ad Parnassum, Czerni, arpejos -a técnica. Mas o piano não muda, se limita a conformar o homem, a fazer dele um pianista, um homem-piano, um servidor com libré negro que corre o mundo. As mãos livres se transformam em mãos hábeis `para'..."

Texto Anterior: Inédito revela fantasmas de Cortázar
Próximo Texto: Autor gostava de política, jazz, tango e boxe
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.