São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
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Compra da Lotus causa alvoroço no mercado de bolsa de ações
KEVIN MANEY
A lendária companhia de software é uma das principais responsáveis pela construção da indústria de computadores pessoais nos Estados Unidos. Graças ao desenvolvimento da planilha eletrônica ``Lotus 1-2-3" (um enorme sucesso de vendas no início dos anos 80), a Lotus é uma das maiores empresas de programas para micros do mundo. Atualmente, fabrica o software de comunicação para redes ``Lotus Notes", outro líder de mercado. Louis Gerstner, presidente da IBM, revela não estar apenas tentando comprar a Lotus Development. Quer, sobretudo, largar na frente na nova era da informática que se inicia. Para Gerstner, o ``Notes" combina perfeitamente com os computadores da IBM e pode transformar a empresa na líder mundial em redes globais de informação -talvez o maior mercado de informática deste final de século. Para alguns analistas norte-americanos, no entanto, o casamento entre as duas empresas não parece ter muito futuro. Levando em consideração a série de tropeços que ambas sofreram nos últimos anos, um comentarista de Minneapolis considera o acordo ``a aquisição do fraco pelo medíocre". O simples anúncio da possível compra pela IBM fez com que as ações da Lotus na bolsa de valores de Nova York subissem, no decorrer da segunda-feira, dia 5, mais de 29 pontos, fechando em US$ 61,44 por ação. A alta repentina transformou a negociação em um problema para a direção da IBM, que havia oferecido US$ 60 quando as ações ainda estavam estacionadas nos US$ 32,50. Surpresa com a proposta, a Lotus dará a resposta esta semana. Outras companhias também estariam sondando a empresa de software: a AT&T, a Hewlett-Packard e a Oracle. Texto Anterior: Gates levanta polêmica entre empresários Próximo Texto: Como ficam as duas empresas Índice |
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