São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 1995
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Tchetchenos deixam a Rússia e soltam reféns

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os guerrilheiros tchetchenos que invadiram a cidade de Budennovsk, no sul da Rússia, entraram ontem em seu país e soltaram os últimos 123 reféns que mantinham em seu poder.
Cerca de 70 homens haviam ocupado o hospital central de Budennovsk e mantido mais de mil reféns durante cinco dias. Nos combates ocorridos durante a invasão da cidade, mais de 110 pessoas morreram.
Eles queriam o fim da intervenção militar russa na Tchetchênia. Tropas russas invadiram a república separatista em dezembro e hoje dominam as principais cidade tchetchenas.
Anteontem, os russos concordaram em interromper as ações militares e abriram negociações com o governo da Tchetchênia. Então os cerca de 70 guerrilheiros soltaram os reféns e fugiram em seis ônibus da cidade.
Com eles foram 123 reféns -jornalistas, políticos, médicos e voluntários. Eles foram mantidos como garantia de que o comboio não seria atacado pelos russos.
Impedidos de entrar na região ocupada pelos russos na Tchetchênia, por questão de segurança, os guerrilheiros rodaram durante a madrugada de ontem pelo território autônomo do Daguestão.
Ontem às 8h30 (1h30 em Brasília), o comandante dos guerrilheiros, Chamil Basaiev, soltou os reféns na cidade de Zandak, na fronteira entre a Tchetchênia e o Daguestão.
O destino final do comboio com os rebeldes era Dargo, 8 km a leste da base tchetchena de Vedeno, que fica nas montanhas. O governo russo cumpriu o acordo e deixou os guerrilheiros partir.
A Casa Branca, sede do governo russo, foi evacuada ontem depois que um telefonema anônimo indicou que uma bomba havia sido posta no prédio. Nenhum explosivo foi achado.

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